sábado, 21 de fevereiro de 2009


Fecho a porta pra respirar. Só sou livre trancafiada. Ninguém entra e só eu saio, mas volto pra respirar. Só aqui eu sou, ou só, aqui eu sou. Sem nada e sem querer é aqui que eu me acho e é aqui que eu me vou. Mas é pra cá que fujo, pra respirar. Aqui não tem gente, não tem medo, não tem olho e não tem dente, não tem voz e não tem escuro. Aqui não tem ladrão, não tem barulho, não tem cheiro e não tem casca. Não tem frio e não tem calor, não tem fome e não tem facas. Aqui é meu abraço. Aqui eu sou anônima, e eu só sou no anonimato. Aqui sou eu e eu sou aqui.

Um comentário:

alexandre colchete disse...

mas aí dentro tá a vida ou o fim dela?