sábado, 5 de fevereiro de 2011


ô criança no ventre, tua sorte é nascer por dentro, senão eu te arrancava de lá com os dentes. ô criança burra, foge enquanto é tempo. dá teu jeito e vai-te embora. saia pela culatra, saia pela boca, mas se esqueça de nascer. eu te conto o que veria, e imaginar pra quem nunca viu, basta. eu te falo o que ouviria, e nunca mais saberá o barulho do som. eu te explico o vento, que você vai até aprender a ventar. mas ô criancinha... vire pó ou evapore por aí. evapore, porra! fica no teu canto quente e se finja de fingimento. cá fora nesse canto febril já tem criança demais, e o que é demais parece mal. já tem criança sobrando demais. criança repetida demais. criança que não vale a pena. criança que se soubesse como, evaporaria. e quando você evaporar, vem me dizer como faz. ô meu deus...

Nenhum comentário: