segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

tudo tremia em tons de cinza, de alto que o grito era. de um agudo crescente, de uma insistência plena, de uma dor visível e audível. a rua se manifestava, a vida se manifestava contra o som. contrafluxo. um ponto negro central empurrava tudo para a periferia. ímas em pólos iguais. do lado de fora do som, um único ponto cego-surdo brilhava. brilhava a surdez invejável do momento. reluzia o sol que foi morrer dentro dele. e o mundo opaco, na gritaria reinante, se apagou. o som secou. seco som.

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