sábado, 19 de dezembro de 2009


Desgruda esse teu olho da minha nuca que me queima.
Ou arranco seus olhos pra mim e pra estante.
Pra ser vista quando bem entender.
Pra proteger minha nuca.
Minha voz
e meus gestos.

Desgruda essa tua mão da minha que me sua.
Ou arranco seus dedos pra mim e pra estante.
Pra ser tocada quando bem entender.
Pra proteger minha mão.
Minha voz
e meus passos.

Desgruda esse teu cheiro do meu nariz que me asfixia.
Ou arranco sua pele pra mim e pra estante.
Pra sentir quando bem entender.
Pra proteger meu nariz.
Minha voz
e meus amantes.

Nenhum comentário: