sábado, 20 de dezembro de 2008


Observa formigas de vez em quando, ou as patas de qualquer inseto. Sente uma certa repulsa atraente por algumas coisas. Gosta de dar vida a bonequinhos, ou a pedacinhos. Cria nomes, gostos e preferências para eles. Nunca passa por um espelho sem cumprimentá-lo com uma nova cara. É dona de olhos grandes infantilmente interrogativos. Talvez seja rasa. Não tem ambições e não vê problemas nisso. Não quer dinheiro, não quer amigos, não quer amores. Só quer dormir e ter sonhos coloridos. Prefere o pequeno. O pequeno, quase invisível, não-notável. Chega perto pra ver melhor, ou pra inventar. E assim, o pequeno vira macro.

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