sexta-feira, 12 de março de 2010


A sua cara vira máscara e ganha asas, voa pelos meus sonhos quando menos espero. Arranquei meus olhos pra não te ver mais saltar da multidão, com molas nos pés e roupa neon. Não te suporto. Parei de dormir para não mais sonhar, mas então eu divago. E de novo a máscara alada rouba a cena, deixando um rastro de piche. Pula o palhaço da caixinha, e a cara é a mesma. Desaprendi a gostar dessa repetição. Esfacelei qualquer vestígio de presença, só falta a mim mesma. Não te suporto. O que sobrou é muco.

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