domingo, 13 de março de 2011



me queira de longe, que me basta. uma vez que não te quero perto, o que não é o mesmo que não te querer. me queira de bobeira, que me basta. me queira mal, será bom também. me detenha de alguma forma, me basta o pensamento. não me sufoque nem me ame, que isso é entorpecente e minha vida tá uma caretice só. minha sobriedade transpassou o limite do invisível e é ela que me carrega agora. mas não quero falar disso, quero falar do seu querer. me queira de alguma maneira, me queira longe, me queira com raiva, me queira detestar. eu preciso acreditar que de alguma forma existe um querer, que isso mantém o meu querer vivo. e o meu querer é a minha impulsão de paixão pra qualquer coisa. eu só me movo apaixonada, e pouco importa se a paixão é insustentada ou se só é meio inventada. me deseje viva ou morte, mas seu desejo mantém o meu desejo de mudança ou de andança. eu sou movida pelo desejo, pelo meu desejo do seu.

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