quarta-feira, 25 de novembro de 2009


Ali na parte mais quente da são clemente estava eu quando ganhei o presente. O sol gritava e eu hesitava. Mas segui andando, cansando e suando. Fatigada e esturricada. O ar pesado caiu-me como um fardo. Me chupou as forças e as vozes roucas zumbindo no ouvido esboçavam um gemido. Minha cabeça explodia com a quentura que me envolvia. Na ânsia do desmaio, inclinei-me de soslaio. Olhei prum lado, olhei pra cima: e ganhei o azul piscina. Ganhei o céu azulzinho cheinho de passarinho. O da frente foi pra trás e o de trás veio pra frente. Levaram um sorriso cheio de dente. Por um instante minha carne esfria, a cabeça esvazia, meu corpo respira. O azul me cuspiu, já não estou febril. Sigo adiante, metade triunfante, metade fumegante. Mas agora mais tranquila, graças ao azul piscina.

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