Tô sentindo um negócio bem aqui que não sei se é fome
ou se é nervoso
não sei se é de vazio
ou se é de cheio
Tá tudo tão confuso
obtuso
protuso
Nesse barrigão que podia ser de água
Mas né não
Não sei se é medo
ou medão
Ai, meu coração
Ganhou molas ou motor,
o batuque do tambor.
Socorro, senhor
Alguém me segura dentro de mim
Até esse desespero chegar ao fim.
terça-feira, 24 de julho de 2012
quarta-feira, 18 de julho de 2012
deu aquele oco, de tremer o brioco, de esbugalhar os olhos, de travar a goela
aquele oco dos cheios, de vazio só o nome, o oco onde ecoa a tremedeira.
deu aquele nó, de entalar o gogó, de empanzinar o estômago, de trancar os dentes
aquele nó dos cegos, de cego só o nome, o nó que olha na tua fuça de bicho.
deu aquele nó, de entalar o gogó, de empanzinar o estômago, de trancar os dentes
aquele nó dos cegos, de cego só o nome, o nó que olha na tua fuça de bicho.
O tempo enegrece as paredes
Mofa o bolo, azeda o feijão.
Não é o tempo sozinho não.
O tempo e a inércia do tempo que apodrecem a carne
Dá limo no banheiro
No ralo cria cabelo.
Acumula poeira na prateleira, cria gelo na geladeira.
O tempo enegrece a imagem
Mofa tua pele, azeda teu gosto.
Não é o tempo sozinho não.
O tempo e a inércia do tempo que apodrecem o sentir
Dá limo nos olhos
Na carcaça cria couraça.
Acumula poeira na boca, cria gelo no peito.
O tempo, que desmancha o tricô,
Desmancha tua cara e todo o meu amor
De rendas e fendas.
Mofa o bolo, azeda o feijão.
Não é o tempo sozinho não.
O tempo e a inércia do tempo que apodrecem a carne
Dá limo no banheiro
No ralo cria cabelo.
Acumula poeira na prateleira, cria gelo na geladeira.
O tempo enegrece a imagem
Mofa tua pele, azeda teu gosto.
Não é o tempo sozinho não.
O tempo e a inércia do tempo que apodrecem o sentir
Dá limo nos olhos
Na carcaça cria couraça.
Acumula poeira na boca, cria gelo no peito.
O tempo, que desmancha o tricô,
Desmancha tua cara e todo o meu amor
De rendas e fendas.
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